O Coletivo 4×4, formado pelos artistas plásticos Andréa Dall’Olio, Demeilson Ferreira, J. Siebra e Jacinta Cavalcante, apresenta a partir do dia 30 de abril a exposição Revelação, na Galeria B. Galeria (Fast Frame) localizada na Avenida Padre Antônio Tomás.
Revelação chega ao público, apresentando a diversidade da personalidade artística de cada componente do coletivo e complementa-se como as quatro estações do ano, as fases da lua e os elementos da natureza. São linguagens distintas que dialogam entre si, em correspondência, intervenção ou reinterpretação.
Os quatro artistas cearenses exploram suas particularidades em obras individuais e coletivas, realçando suas características particulares como também, agregando valor à produção do outro, assim além das obras individuais, a exposição Revelação traz obras construídas em duplas, trios e até do quarteto, mas que evidenciam e destacam a poética de cada artista.
A maioria dos trabalhos apresentados são inéditos, e construídos a partir do uso de técnicas tradicionais como aquarela, cerâmica, gravura, pelo têxtil e por instalações. A mostra, que tem curadoria de Veridiana Brasileiro e produção de Edlania Castro, que ora apresenta-se de forma individual e ora de forma coletiva.
SOBRE OS ARTISTAS
Andréa Dall´Olio
É graduada em arquitetura e urbanismo pela (UFC), mestre em Ciências da Cidade / arte urbana (UNIFOR), pós-graduada em iluminação e design de interiores (INBEC) e tem MBA em Curadoria, Museologia e Gestão de Coleções (Centro Universitário Estácio de Sá). A artista sempre soube que estaria no lugar do criativo. A arte faz parte de toda sua história. Na verdade, ela sempre viveu e respirou arte, faz parte de sua essência. O seu fazer artístico, busca a forma, o volume e sua desconstrução, revelando uma mensagem silenciosa e incauta através do abstracionismo, que desvela uma linguagem insinuante e refinada sobre as relações interpessoais, com a natureza, os objetos e a própria arte. Quando finalizo uma obra, vejo minha palavra escoando pelas linhas num mural móvel de grito afetivo. Seja nas artes visuais ou na arquitetura, o ensejo do processo criativo e a possibilidade de provocar encantamento com este resultado, em forma de obra de arte ou projeto de arquitetura, é o que move Andréa.
Demeilson Ferreira
Desenvolve trabalhos artísticos nas categorias de pintura e desenho, em suas produções, estão presentes as técnicas de aquarela sobre papel, pontilhismo e nanquim. O papel é o principal suporte no processo criativo. Seus referenciais são as cenas do cotidiano nordestino e a temática sertaneja, faz o registro fotográfico e em seguida, realiza um esboço a lápis com a técnica de esquadrinhamento, a partir daí escolhe qual técnica será aplicada ao cenário. Adepto de experimentações, Demeilson aprecia a aplicação da rusticidade em suas composições. Utiliza produtos com maior concentração de recursos naturais, e um dos itens de sua preferência é a tinta de barbatimão — fabricação própria e artesanal, extraída da vegetação nativa da região litorânea cearense. Esse recurso surge como extensão de originalidade e acabamento rústico de sua produção. Outro material que tem sido incorporado a alguns trabalhos é o papel artesanal, confeccionado a partir do filtro de café, fibra de bananeira e espada de São Jorge. O artista usa a arte para tocar as pessoas, como um reflexo de suas memórias afetivas despertadas por cenas da vida cotidiana, e a apreciação pelo comum. Sua paleta de cores procura transmitir os mais profundos sentimentos que a arte possa alcançar.
J. Siebra
É professor Titular da UFC e Coordenador da Disciplina de Odontopediatria. Também leciona no Programa de Pós-graduação em Odontologia Strictu sensu. Mestre e Doutor em Odontopediatria pela UNESP Araraquara, já publicou 2 livros e diversas artigos nacionais e internacionais. Enveredou pela arte, a partir de 1991, quando fez um curso de pintura. Realiza intervenções em materiais diversos, em especial massa cerâmica, construindo peças únicas com inspiração variada, mas com ênfase na natureza ou figuras de sua memória afetiva como o jangadeiro, o vaqueiro, o pescador e as brincadeiras infantis. No processo de realização das esculturas em massa cerâmica, na atualidade sua principal forma de expressão artística é o uso de técnicas variadas, de domínio público, como a modelagem manual, uso de placas, acordoamento, ocagem ou mesmo modelagem em torno. Desenvolveu, dentro destas técnicas, algumas intervenções específicas na massa cerâmica que tem diferenciado seu trabalho. A grande maioria das suas esculturas cerâmicas passam por um processo de duas queimas, a primeira chamada de biscoito e a segunda queima em alta temperatura após a esmaltação. Seu processo criativo é extremamente diverso tendo origem em observações da natureza, da interpretação de trabalhos de outros artistas ou mesmo da vida cotidiana. De forma rotineira começa o trabalho apenas com uma ideia de forma e de tamanho da peça, e durante o desenvolvimento a obra parece criar vida e participar apenas como um facilitador do processo até a sua finalização. No modelo de criação de peças figurativas, utiliza-se de fotografias ou pinturas para servir de inspiração. Para além da necessidade de expressão comum à grande maioria dos artistas, ele faz arte para causar impacto visual em função das formas diversas e muitas vezes inusitadas de suas obras. Nesta série procura retratar, pescadores, peixes, ouriços do mar, pedras, ostras, corais e outros. Matizes de azuis e verdes estão sempre presentes, reflexo do que temos no mar de nosso Nordeste, com cores diversas como o rosa, o laranja intenso e a cor crua da argila, contrastam com o brilho do esmalte.
Jacinta Cavalcante
Jacinta considera-se uma artista plástica, mais precisamente uma escultora e, ou, ceramista. Começou a fazer cerâmica atraída pelas amplas possibilidades e facilidades que a argila oferece para criar suas esculturas. Iniciou modelando as esculturas em plastilina, finalizando com resina poliéster com carga mineral, processo um pouco mais lento e demorado, que continua executando. Seu processo criativo é extremamente diverso, embora haja uma tendência ao figurativo. Na construção das mesmas, quase sempre utiliza desenhos, fotografias ou uma simples ideia que vai fluindo à medida em que vai sendo construída. A artista tem como trabalhos recorrentes as esculturas de paredes e painéis. Suas esculturas em cerâmicas quase sempre passam por duas queimas, a primeira chamada de biscoito e a segunda queima ocorre após a esmaltação da peça, em alta temperatura ou baixa temperatura. Cria formas que não são perfeitas, com a intenção de retratar que o ser humano também tem as suas próprias imperfeições, que despertam o olhar do espectador. Jacinta tem como propósito explorar e ultrapassar os limites técnicos e estéticos da cerâmica.
SERVIÇO
Abertura Exposição Revelação
30 de abril, Sábado, 10h às 14h
Visitação
Até o dia 02 de julho, de 2ª. à 6ª. – 9h às 18h e sábados – 10h às 14h
Curadoria Veridiana Brasileiro
Produção Edlania Castro
Local B. Galeria (FastFrame)
Endereço Av. Padre Antônio Tomás, 2291 – Aldeota
Gratuito e aberto ao público
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