Editora inova e é a primeira do país a investir em departamento logístico na região
O Grupo Companhia das Letras vai inaugurar em abril um novo Centro de Distribuição em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Este movimento é um marco para o mercado editorial brasileiro que é concentrado na região Sudeste, e reforça a previsão de uma série de investimentos públicos e privados programados para o Nordeste até 2033, segundo projeções da Tendências Consultoria. “Nos últimos anos, a editora tem dedicado esforços à formação de um catálogo mais diverso, resultando na expansão de fronteiras e na promoção de autores de fora do Sudeste. A inauguração do novo centro de distribuição em Pernambuco não só assegura agilidade no fornecimento de livros na região, mas também aprimora o suporte oferecido aos nossos escritores”, declara Luiz Schwarcz, fundador e CEO do Grupo Companhia das Letras.
O projeto do novo Centro de Distribuição envolve vários setores da Companhia das Letras e levou mais de um ano desde sua criação ao desenvolvimento e inauguração. É a ação institucional mais importante da editora neste ano e o grupo prevê atender, inicialmente, com maior rapidez e eficiência oito estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Estudos comprovaram que manter o atendimento à Bahia através do depósito de Guarulhos é mais eficiente.
“Com um Centro de Distribuição no Nordeste vamos ganhar em agilidade nas entregas e grande redução nos custos do frete. Com isso, prevemos um aumento de 20% do faturamento para a região em 2 anos”, comenta Luciana Borges, Diretora Comercial da Companhia das Letras.
A transformação do mercado ao longo dos últimos anos, a descentralização na forma de entregar livros às livrarias e a rapidez do e-commerce é um fato. Atualmente, a maior rede de livrarias do país recebe seus pedidos loja a loja, da mesma forma que as livrarias independentes, pequenas e médias. Em paralelo, o maior player do mercado no e-commerce tem um Centro de Distribuição na região. Por conta disso, o ganho no tempo do transporte é fundamental. “Os nossos parceiros comerciais focam as aquisições e acervos nos livros mais vendidos e lançamentos. Com um custo menor de frete e entrega ágil vamos possibilitar um investimento maior nas obras do nosso catálogo e um aumento na disponibilidade de títulos. A tendência será gerar maior oferta para o leitor, ter mais títulos expostos nas lojas e sites, e, consequentemente incremento nas vendas”, completa Luciana.
Toda a operação e logística do Centro de Distribuição ficará a cargo da Transpo Express, que é especializada em entregas e coletas no mercado editorial há mais de 30 anos. “É um projeto inovador da Companhia das Letras e temos muito orgulho em fazer parte dele. Seremos responsáveis por uma área de dois mil m² e temos previsão de ter uma equipe de 30 pessoas”, comenta Mariana Martins, CEO da Transpo Express.
O funcionamento de um depósito no Nordeste também influencia na redução de emissão de CO2 da editora. Para chegar na região, atualmente, os livros percorrem 2654 km com uma emissão de CO2 de 3,2 tCO2e. Com a inauguração do Centro de Distribuição, o catálogo será enviado por cabotagem. “As caixas vão percorrer 110km até o Porto de Santos, atravessar 2332 km de navio até o porto de Suape, em Pernambuco, e transcorrer mais 50,4km de caminhão até o novo depósito. A economia será de 76% nas emissões totais de CO2”, declara João Lapenna, Gerente de Logística da Companhia das Letras.
Entre os oito estados, Pernambuco e Ceará são os que representam a maior fatia nas vendas. Líder no comércio de livros no país e detentora de um espaço logístico em Pernambuco, a Amazon vê com bons olhos esse investimento da editora de maior relevância do país. “Ficamos muito felizes com a inauguração deste Centro de Distribuição da Companhia das Letras no Nordeste. Certamente esse movimento vai ajudar a beneficiar os leitores da região“, declara Ricardo Perez, Country Manager Books, da Amazon.
Para José Diego Virgínio, Analista de Produtos da Livraria Jaqueira, o impacto do Centro de Distribuição em Pernambuco vai transformar todo o mercado editorial do Nordeste. “Sofremos muito com os clientes em busca de lançamentos que ainda não chegaram nas lojas. Com esse depósito aqui não teremos mais demora em receber os lançamentos e reposições da Companhia”. Ele afirma que com essa mudança será possível entender melhor o perfil do leitor de cada estado. “Atualmente a Companhia já representa boa parte do nosso acervo e esperamos uma parceria ainda mais frutífera e plural. Acreditamos que é um passo grande, mas apenas inicial, da Companhia, que poderá desdobrar em uma atuação mais presente no Nordeste e com a possibilidade de realização de grandes eventos”, declara.
Jacob Berenstein Neto, sócio-proprietário da Livraria Imperatriz, que está no mercado desde 1930, também celebra a proximidade do depósito. “Vamos ter os lançamentos muito rapidamente nas lojas. Antes a gente precisava acumular uma quantidade grande de títulos para fazer um pedido, por conta do custo do frete. Com o centro de distribuição aqui vamos ter mais eficiência nessas entregas. Isso torna a Companhia das Letras muito mais competitiva que as demais editoras.”, comenta.
O novo Centro de Distribuição da Companhia das Letras entra em funcionamento em abril. A celebração de inauguração será no dia 03, às 18h30, na Livraria Jaqueira, no Paço Alfândega. No evento está confirmada a presença dos autores Cida Pedrosa, Inaldete Pinheiro de Andrade, Kleber Mendonça Filho, Mari Bigio, Ronaldo Correia de Brito, Socorro Acioli e Stênio Gardel.
Sobre a editora:
Fundada em 1986 por Luiz Schwarcz e Lilia Moritz Schwarcz nos fundos da gráfica Cromocart, que pertencia ao avô de Luiz, a Companhia das Letras surgiu com foco original em literatura e ciências humanas. Um de seus primeiros títulos, Rumo à estação Finlândia, de Edmund Wilson, logo despontou como best-seller. Sempre atenta à qualidade do texto, das traduções, do projeto gráfico e do acabamento em todas as etapas do processo de edição, em seu primeiro ano de vida a editora já contava com 54 livros publicados.
Com o compromisso de publicar livros que contribuam para um país (e um mundo) melhor e mais justo, hoje o Grupo Companhia das Letras possui 21 selos dedicados aos mais variados segmentos. São mais de 8.500 títulos ativos em seu catálogo, e em média são lançados 400 títulos ao ano. Essa vasta gama de selos independentes permite à Companhia das Letras uma expressiva presença no mercado editorial brasileiro, além da capacidade de atender as necessidades de promoção e comunicação de cada nicho de maneira focada para manter um relacionamento próximo com seus autores e parceiros.
Ao longo dos anos, a editora selou importantes parcerias, entre elas a com os irmãos Moreira Salles, que se tornaram sócios em 1989. Em 2009, foi a vez de cruzar o Atlântico e se juntar à Penguin para lançar a coleção de clássicos universais e nacionais no mercado brasileiro. Em 2011, a Penguin adquiriu 45% das ações da Companhia das Letras. (Em 2013, a Penguin se fundiu com a Random House, criando a Penguin Random House, o maior grupo editorial do mundo).
Da junção da editora paulista Companhia das Letras com a carioca Objetiva, em 2015, nasceria o Grupo Companhia das Letras. Em 2019 foi a vez da tradicional editora Zahar, fundada no Rio de Janeiro em 1956 por uma das figuras mais simbólicas do mercado brasileiro, o editor Jorge Zahar, entrar para o grupo. Pioneira na publicação de livros dedicados às áreas de ciências humanas e sociais no Brasil, a Zahar chegou ao Grupo Companhia das Letras com títulos de enorme sucesso, além de um respeitável acervo de clássicos universais, de títulos com vocação para estudos universitários e de obras infantis.
Em 2020, a Brinque-Book também passa a fazer parte do grupo. Fundada em 1990 por Suzana Sanson, a Brinque-Book rapidamente conquistou o coração de crianças, adolescentes, pais e educadores de todo o país, tornando-se uma referência em literatura para crianças. Depois de 20 anos dedicados à publicação de livros ilustrados, com mais de 600 títulos lançados, em 2013 passou a atuar também no mercado juvenil, com o selo Escarlate.
A mais recente fusão do grupo se deu em 2022, com a entrada da JBC, uma das mais importantes editoras de mangás no mercado brasileiro, que tem como missão estreitar a distância entre o Brasil e o Japão e difundir a cultura japonesa entre os brasileiros. Fundada pelo empresário Masakazu Shoji, em 1992, no Japão, é vanguardista na área de comunicação, seja com suas publicações (Jornal Tudo Bem, revista Made in Japan, Hashitag e Mangás JBC), seja com o desenvolvimento de conteúdo digital para seus sites (Henshin, AkibaSpace,) e redes sociais.