Nosso Lar Academy realiza live para falar sobre transtornos alimentares e impactos na saúde física e emocional

 

Os transtornos alimentares são distúrbios que afetam a alimentação e o comportamento alimentar de uma pessoa, e estão, frequentemente, ligados a problemas de saúde mental e emocional, afetando pessoas de todas as idades e gêneros. De acordo com pesquisas recentes, a prevalência de transtornos alimentares está aumentando em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que cerca de 9% da população mundial tem algum tipo de transtorno alimentar.

 

Isso acontece devido a uma distorção cognitiva em relação à comida, à alimentação e à imagem pessoal, segundo a nutricionista do Nosso Lar Hospital, Vitória Raina. Entre as mais comuns estão: a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar periódica. “Essas manifestações têm intensidade e duração suficiente para causar impacto na saúde física ou funcionamento psicossocial. Por exemplo, restrição alimentar, compulsões alimentares, comportamentos compensatórios associados a desregulação emocional. Também é comum, isolamento social, evitar refeições com outras pessoas, rotinas atípicas de alimentação, fadiga e desmaio, perda muscular, fraqueza e dificuldade de concentração”, aponta.

 

Nosso Lar Academy

 

A necessidade de ter hábitos alimentares saudáveis vai muito além dos aspectos calóricos, está ligado ao bem-estar emocional e à saúde mental. A disfunção do comportamento com a comida pode chegar a transtornos ou condições psíquicas. Pensando nisso, o Nosso Lar Academy, núcleo de educação do Grupo Nosso Lar, realiza nesta quinta-feira (23), às 12h, a live sobre “Transtornos alimentares: uma abordagem nutricional e psicológica” no perfil do Instagram do Nosso Lar Espaço Terapêutico (@nl_espaçoterapeutico).

 

O debate terá a participação dos profissionais do Grupo Nosso Lar: a nutricionista, Vitória Raina; a psicóloga, Fernanda Sousa; e mediação do diretor administrativo, Fred Bastos. O encontro faz parte da proposta de ampliar o conhecimento e as discussões sobre saúde mental na sociedade.

 

Principais tipos de Transtornos Alimentares

A nutricionista Vitória Raina destaca que os impactos podem variar de acordo com cada tipo de transtorno alimentar, entre eles:

 

Anorexia nervosa – está relacionada à restrição calórica extrema, medo de ganhar peso e uma imagem corporal distorcida.

 

Bulimia nervosa – quando acontecem episódios recorrentes de compulsão alimentar e comportamentos compensatórios para impedir ganho de peso como a indução do vômito, uso de laxantes ou exercício físico em excesso;

 

Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA) – Episódios recorrentes de compulsão alimentar, comer em grandes quantidades em curto espaço de tempo, culpa excessiva e preocupação excessiva com o corpo e forma corporal;

 

Abordagem psicológica

 

Além dos problemas de saúde física, as pessoas com transtornos alimentares também apresentam um risco aumentado de desenvolver depressão, ansiedade, transtornos de humor e problemas de abuso de substâncias. A falta de conhecimento sobre essas disfunções podem prejudicar o tratamento. Um estudo realizado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, mostrou que apenas 1 em cada 10 pessoas com transtornos alimentares recebe tratamento especializado.

 

Fernanda Sousa, psicóloga do Nosso Lar Hospital, alerta que nem sempre os sinais de quem tem alterações relacionadas à alimentação são evidentes. “Os comportamentos disfuncionais podem, muitas vezes, estar velados, seja por excesso de carga emocional – a pessoa come muito se está preocupada, come muito se conquista algo, ou o oposto, restringe muito a alimentação por ansiedade, medo, pressão. E, quando não tratados da forma correta, podem desenvolver transtornos alimentares. Por isso, é importante levar em conta um tratamento com psicoterapia e acompanhamento nutricional”.

 

Como a qualidade de vida e bem-estar está relacionado diretamente com os hábitos alimentares, a psicóloga destaca também a importância de reflexão sobre as formas de recompensa que se tem ao longo do dia. “Deve-se pensar como você lida com as situações, com os problemas e as frustrações, e até com as alegrias, quais recompensas têm utilizado no cotidiano. Comer é prazeroso, mas pode estar ligado tanto com o prazer como com a punição, então é necessário identificar se o hábito alimentar está relacionado com algum tipo de fome emocional, quando esse transtorno não é muito claro”, afirma.

 

Serviço

Live Transtornos alimentares: uma abordagem nutricional e psicológica

Data: 23/03 às 12h

Instagram: @nl_espacoterapeutico