Nos últimos anos, a saúde mental tem se tornado um tema central nas empresas, especialmente no cenário pós-pandêmico. Dados recentes indicam que, em 2024, 43% dos trabalhadores brasileiros enfrentaram problemas de saúde mental relacionados ao trabalho. Dentre eles, 65% relataram estresse, 54% relataram ansiedade e 40%, insônia. Além disso, cerca de 40% das pessoas economicamente ativas no Brasil sofrem de burnout. Esse quadro alarmante impacta diretamente as organizações, refletindo-se em afastamentos frequentes, queda de produtividade, aumento do absenteísmo e alta rotatividade, gerando custos operacionais significativos e problemas de reputação.
Diante desse contexto, cuidar da saúde mental no ambiente corporativo não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica para empresas que desejam manter-se competitivas. Para isso, é fundamental a redução dos riscos psicossociais, como falta de suporte organizacional, assédio moral, conflitos interpessoais, cobranças excessivas e jornadas prolongadas. A partir de maio de 2025, a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) do Ministério do Trabalho e Emprego exigirá que as empresas avaliem esses riscos e implementem estratégias preventivas, como:
– Campanhas para redução do estigma sobre saúde mental, incentivando um ambiente seguro para diálogos abertos;
– Programas de bem-estar, que contemplem a saúde mental e física;
– Treinamento de lideranças, capacitando gestores a identificar sinais de adoecimento mental nas equipes;
– Políticas de flexibilidade e autonomia, promovendo equilíbrio entre vida profissional e pessoal e;
– Apoio emocional, com oferta de acompanhamento psicológico aos colaboradores que necessitem.
Além da conformidade com a legislação, organizações que priorizam o bem-estar psicológico de seus colaboradores, ao adotarem essas medidas, colhem benefícios diretos, como o aumento da produtividade, criatividade e inovação, a retenção de talentos e o engajamento. Afinal, a separação entre vida profissional e pessoal, como retratada na série Ruptura (Apple TV+), é uma ficção. Na vida real, somos seres integrais, com demandas do trabalho e da vida pessoal que se influenciam mutuamente. Portanto, investir no bem-estar emocional dos trabalhadores, além de um compromisso ético e humanitário, desponta como um diferencial competitivo, impactando positivamente a cultura organizacional e a sustentabilidade dos negócios.
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