Na Casa de Cuidados do Ceará (CCC), unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) com foco na transição de pessoas em recuperação após internação hospitalar, pelo menos 50% dos pacientes têm a partir de 60 anos. Por isso, é comum aplicar medidas para preservar a cognição e melhorar a qualidade de vida de quem recebe assistência no equipamento.
A estimulação cognitiva é feita por meio de jogos, práticas manuais, de leitura, escrita e dança, sendo indicada para pessoas com ou sem quadro de demência e para quem apresenta dano neurológico com prejuízo em alguma função cognitiva. Pacientes com Alzheimer e em tratamento de acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo, podem ser beneficiados.
“O declínio de funções cognitivas dificulta o desempenho de atividades cotidianas, impactando na independência ou na autonomia do paciente. O profissional deve compreender os aspectos essenciais do manejo de questões clínicas, de orientação familiar e de adaptação funcional para obter uma resposta positiva”, explica Nívea Barros, terapeuta ocupacional da CCC, estrutura sob gestão do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
“A vida ativa está ligada à cognição. Então, os jogos estimulam áreas cerebrais para fortalecer as habilidades cognitivas. A pessoa idosa treina e exercita a mente e, muitas vezes, não percebe, pois está interagindo e se divertindo simultaneamente. As atividades são excelentes para desenvolver o raciocínio lógico e a tomada de decisões”, afirma a terapeuta ocupacional e gerente da Casa, Itala de Brito.
Terapeuta ocupacional, neuropsicólogo(a) e psicopedagogo(a) são profissionais essenciais nesse acompanhamento. Na CCC, o atendimento também é realizado por médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais e trabalhadores da Enfermagem. “Cada um atuando com sua especialidade na assistência à necessidade de cada paciente”, acrescenta a diretora da unidade, Ursula Wille Campos.